Para quem começa a pesquisar sobre leilões imobiliários, o termo “penhora” surge logo nos primeiros cliques. É simples se sentir perdido: afinal, se a penhora existe, ela pode atrapalhar o investimento?
Na verdade, entender a penhora pode ser o diferencial entre uma compra segura e um problemão inesperado. Neste artigo, descomplicamos esse conceito e mostramos como lidar com ele, sempre oferecendo um olhar atento para o arrematante — aquele que quer investir, economizar e evitar dores de cabeça.
O que é penhora no contexto de leilões
Quando um imóvel vai a leilão por ordem da Justiça, normalmente é porque seu antigo proprietário tem dívidas, e o imóvel foi “penhorado” como garantia. A penhora é um ato judicial pelo qual um bem é apreendido para assegurar o pagamento dessa dívida.
Então, se você vê um imóvel anunciado em leilão judicial, pode apostar: há penhora registrada sobre ele. Alguns imóveis podem, inclusive, ter mais de uma penhora, vindas de diferentes processos ou dívidas.
Penhora é o primeiro passo para o imóvel ir a leilão.
Segundo a doutrina clássica jurídica, os imóveis têm destaque nesse tipo de operação porque são mais difíceis de “sumir do mapa” e, em geral, trazem mais segurança ao arrematante do que bens móveis — como carros ou equipamentos, que podem se deteriorar ou desaparecer facilmente (doutrina clássica de Rafael Guimarães, Ricardo Calcini e Richard Wilson Jamberg).
Como identificar um imóvel penhorado
Bem, talvez você já tenha visto aquele monte de informações nos editais de leilão — termos como “gravame”, “penhora”, “ônus”, “alienação fiduciária”. É muita coisa. Mas só um desses termos, na prática, é certeza de que o bem foi levado a leilão judicial: penhora.
Para confirmar, basta olhar o edital do leilão. Lá, você vai encontrar se há (ou não) penhora sobre o imóvel, se ela é única ou múltipla e em quais processos ela foi registrada.
- Localize o campo “ônus/gravames”;
- Procure por frases como “bem objeto de penhora”;
- Leia sempre o número ou detalhes do processo de origem da penhora.
Aqui uma dica valiosa: ao usar plataformas modernas como o Marteleiro, essas informações aparecem resumidas e destacadas, facilitando muito a vida de quem está começando. Diferente de outros sites, onde o edital é longo e repleto de termos técnicos, no Marteleiro você tem um resumo visual claro, poupando tempo de análise e evitando surpresas.

Os riscos da penhora para quem arremata
A penhora assusta porque carrega um passado de dívidas. O medo principal do arrematante: e se eu comprar e vier cobrança depois?
É aí que a boa notícia aparece. Segundo o entendimento majoritário da Justiça, essa modalidade de compra é chamada de “aquisição originária”. Isso significa que, quem arremata um imóvel em leilão judicial, recebe o bem livre de dívidas do antigo dono. As dívidas — e a penhora — normalmente deixam de existir para o novo proprietário (arrematação de imóveis em leilões judiciais é considerada uma aquisição originária).
Quem arremata, em regra, compra sem dívidas do antigo dono.
Contudo, não é absoluto. Há exceções e desacertos possíveis:
- Penhoras que não são canceladas automaticamente;
- Débitos condominiais ou de IPTU anteriores ao leilão podem requerer atenção;
- Penhoras em juízos diferentes, ou seja, registros por processos em outras comarcas e tribunais.
Nesses casos, o novo proprietário deve pedir formalmente o cancelamento das penhoras persistentes junto ao juiz responsável (diligência). Não é automático, mas, uma vez comprovado o leilão e a arrematação, é quase sempre deferido (cancelamento das penhoras gravadas sobre o imóvel).
Quando a penhora complica
— e acontece. Às vezes, um imóvel pode estar vinculado a várias penhoras, de diferentes processos, ou pode até estar sendo disputado por mais de um juízo.
Nesse cenário, as preferências entre penhoras devem ser respeitadas conforme a ordem da data dos registros. Inclusive, há decisões recentes do STJ estabelecendo que, se o primeiro arrematante não registra a penhora corretamente, o segundo pode registrá-la e se tornar o legítimo dono (decisão do STJ sobre registros de penhora).
Isto reforça a importância de uma análise minuciosa e de orientação qualificada ao comprar imóveis em leilão, pois a existência de mais de uma penhora — ou registro incompleto — pode exigir ação judicial complementar.
Como consultar penhora antes de arrematar
Essa parte, sinceramente, assusta quem está sem experiência. Analisar matrícula em cartório, ler edital, buscar no processo... pode ser complexo. Mas é absolutamente necessário.
- Leia o edital (procure o tópico “ônus/penhoras”);
- Acesse a matrícula atualizada do imóvel (cartório de registro de imóveis recente);
- Verifique também processos relacionados ao número da penhora;
Outra opção: usar plataformas digitais como o Marteleiro, que concentram e traduzem as informações mais relevantes. Isso reduz a chance de passar batido algum detalhe perigoso. Ao contrário do que ocorre em grande parte dos sites tradicionais (e mesmo em alguns concorrentes mais conhecidos), onde o usuário precisa vasculhar PDFs e decifrar linguagem jurídica, o Marteleiro entrega essa resposta em segundos.
Esse trabalho cruzado que fazemos salva tempo e talvez (quem sabe?) muitos reais em advogados futuramente.
Dicas para avaliar e agir diante da penhora
Em muitos casos, uma penhora não é, por si, impeditivo à compra. Ela pode ser removida após a arrematação — e na maioria das vezes é assim mesmo que acontece. Mas há situações onde complica. Como saber então?
- Pergunte: há outras penhoras? Imóveis muito penhorados tendem a gerar mais burocracia.
- Verifique: são só penhoras ou também hipotecas, usufrutos, etc.? Outros gravames podem exigir providências diferentes.
- Busque ajuda: consultoria jurídica e plataformas confiáveis ajudam a ler o cenário.
- Confira o número do processo: Siga os autos do processo original e certifique-se de que sua carta de arrematação foi expedida e registrada rapidamente.
Penhora pode parecer problema, mas é muitas vezes só burocracia que se resolve com documentos corretos.

Penhora e o arrematante: risco ou oportunidade?
Tudo depende de como se encara o cenário. Se a penhora assusta, é porque ainda existe desinformação, processos pouco claros e muita papelada. Só em 2024, o número de pessoas arrematando imóveis em leilão cresceu 228% em relação a anos anteriores (crescimento de arrematações de imóveis).
Isso mostra que os riscos existem, mas são administráveis. Com análise, calma e ferramentas certas, leilão pode ser caminho para investir em imóveis pagando muito menos.
Conclusão
Em resumo, penhora é parte do jogo dos leilões. Quem entende o mecanismo, mapeia riscos e usa plataformas inteligentes, tem grandes chances de realizar bons negócios — sem grandes sustos. O Marteleiro nasceu justamente para simplificar etapas como essa: traduzir editais, mostrar os riscos e entregar clareza para quem quer investir, seja iniciante ou experiente.
Nossa missão é que você compre com confiança. Que tal conhecer nossa plataforma e ver como ajudamos investidores a navegar pelo universo dos leilões imobiliários de forma mais segura?
Perguntas frequentes sobre penhora em leilão
O que é penhora em leilão?
Penhora em leilão é o registro judicial que retira temporariamente o direito do proprietário sobre um bem para garantir o pagamento de uma dívida. Se o imóvel não for quitado pelo devedor, ele pode ser levado a leilão público para quitar essa dívida.
Como a penhora afeta o arrematante?
Para o arrematante, a penhora normalmente não representa risco grave, pois a lei entende esse tipo de compra como “livre de ônus” do proprietário anterior em grande parte dos casos. Mas pode exigir atenção para cancelar registros e eliminar pendências restantes logo após a arrematação.
É seguro comprar bens penhorados em leilão?
Sim, desde que você leia atentamente o edital, consulte a matrícula atualizada e use plataformas confiáveis como o Marteleiro para resumir e destacar pontos de atenção. Em alguns casos, pode ser necessário acompanhamento jurídico para resolver eventuais pendências, mas a aquisição costuma ser segura para quem faz a lição de casa.
Quais direitos tem o arrematante em leilão?
O arrematante tem direito de receber o bem livre de penhoras anteriores, normalmente, além de poder processar judicialmente o cancelamento de registros que não sejam eliminados logo após o leilão. Também pode requerer desocupação do bem e a imissão na posse, seguindo os trâmites legais.
Como saber se um bem está penhorado?
Verifique sempre o edital do leilão, a matrícula atualizada do imóvel no cartório e o número dos processos judicialmente relacionados. Plataformas como o Marteleiro já entregam essa análise pronta, evitando que você precise garimpar informações técnicas sozinho.